segunda-feira, 5 de junho de 2017

O ESPÍRITO, O TEMPO E A EVOLUÇÃO

    Entender as questões evolutivas tentando enquadrá-las em nossos limitados conceitos de tempo e espaço, não é fácil, mas, os recortes abaixo são de grande valia para nossas reflexões. Tomemos como base a questão 780 de O Livro dos Espíritos.




Contudo, para alcançar a idade da razão, com o título de homem, dotado de raciocínio e discernimento, o ser, automatizado em seus impulsos, na romagem para o reino angélico, despendeu para chegar aos primórdios da época quaternária, em que a civilização elementar do sílex denuncia algum primor de técnica, nada menos de um bilhão e meio de anos. Isso é perfeitamente verificável na desintegração natural de certos elementos radioativos na massa geológica do Globo. E entendendo-se que a Civilização aludida floresceu há mais ou menos duzentos mil anos, preparando o homem, com a bênção do Cristo, para a responsabilidade, somos induzidos a reconhecer o caráter recente dos conhecimentos psicológicos, destinados a automatizar na constituição fisiopsicossomática do espírito humano as aquisições morais que lhe habilitarão a consciência terrestre a mais amplo degrau de ascensão à Consciência Cósmica.

Fonte: EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS – Cap. 3 - Evolução no tempo
 Xavier, Francisco C./ Luiz, André (Espírito) 




A união da alma com o corpo, em ser necessária aos seus primeiros progressos, só se opera no período que poderemos classificar como da sua infância e adolescência; atingido, porém, que seja, um certo grau de perfeição e desmaterialização, essa união é prescindível, o progresso faz-se na sua vida de Espírito. Demais, por numerosas que sejam as existências corpóreas, elas são limitadas à existência do corpo, e a sua soma total não compreende, em todos os casos, senão uma parte imperceptível da vida espiritual, que é ilimitada.

Fonte: O CÉU E O INFERNO - Cap. VIII - Item 11






Ao lado de Deus estão numerosos Espíritos chegados ao topo da escala dos Espíritos puros, que mereceram ser iniciados em seus desígnios, para dirigirem a sua execução. Deus escolheu dentre eles seus enviados superiores, encarregados de missões especiais. Podeis chamá-los Cristos: é a mesma escola; são as mesmas ideias modificadas conforme os tempos.



Fonte: REVISTA ESPÍRITA – Fev. 1868 – p.76 – Questão 4

sexta-feira, 2 de junho de 2017

O PLANEJAMENTO DIVINO SE CUMPRE? ESTAMOS A DERIVA? - Kardec Responde


À agitação dos encarnados e desencarnados se juntam às vezes, e frequentemente mesmo, já que tudo se conjuga em a Natureza, as perturbações dos elementos físicos. Dá-se então, durante algum tempo, verdadeira confusão geral, mas que passa como furacão, após o qual o céu volta a estar sereno, e a Humanidade, reconstituída sobre novas bases, imbuída de novas ideias, começa a percorrer nova etapa de progresso.

DOUTOR BARRY                       

Fonte: A GÊNESE - Cap. XVIII - Item 9


O Universo é, ao mesmo tempo, um mecanismo incomensurável, acionado por um número incontável de inteligências, e um imenso governo em o qual cada ser inteligente tem a sua parte de ação sob as vistas do soberano Senhor, cuja vontade única mantém por toda parte a unidade. Sob o império dessa vasta potência reguladora, tudo se move, tudo funciona em perfeita ordem. Onde nos parece haver perturbações, o que há são movimentos parciais e isolados, que se nos afiguram irregulares apenas porque circunscrita é a nossa visão. Se lhes pudéssemos abarcar o conjunto, veríamos que tais irregularidades são apenas aparentes e que se harmonizam com o todo.
Fonte: A GÊNESE - Cap. XVIII - Item 4


Os acontecimentos que envolvem interesses gerais da Humanidade têm a regulá-los a Providência. Quando uma coisa está nos desígnios de Deus, ela se cumpre a despeito de tudo, ou por um meio, ou por outro. Os homens concorrem para que ela se execute; nenhum, porém, é indispensável, pois, do contrário, o próprio Deus estaria à mercê das suas criaturas. Se faltar aquele a quem incumba a missão de a executar, outro será dela encarregado. Não há missão fatal; o homem tem sempre a liberdade de cumprir ou não a que lhe foi confiada e que ele voluntariamente aceitou. Se não o faz, perde os benefícios que daí lhe resultariam e assume a responsabilidade dos atrasos que possam resultar da sua negligência ou da sua má vontade. Se se tornar um obstáculo a que ela se cumpra, está em Deus afastá-lo com um sopro.


Fonte: A GÊNESE - Cap. XVI - Item 13