quarta-feira, 26 de novembro de 2014

POPULAÇÃO ESPÍRITA NO BRASIL - DADOS DO IBGE


CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO ESPÍRITA NO BRASIL, DE 1940 A 2010
CONFORME INFORMAÇÕES DO IBGE







Fonte: http://www.ibge.gov.br/home/

HOMENAGEM AO LIVRO DOS ESPÍRITOS - Márcio da Cruz

















quinta-feira, 20 de novembro de 2014

CONHECIMENTO DO PRINCÍPIO DAS COISAS



20. Dado é ao homem receber, sem ser por meio das investigações da Ciência, comunicações de ordem mais elevada acerca do que lhe escapa ao testemunho dos sentidos?

“Sim, se o julgar conveniente, Deus pode revelar o que à ciência não é dado apreender.”

Por essas comunicações é que o homem adquire, dentro de certos limites, o conhecimento do seu passado e do seu futuro.










INSTITUIÇÃO APOIADA POR JOSÉ RAUL TEIXEIRA


     "O Remanso Fraterno é um espaço de promoção social e de educação, mantido pela Sociedade Espírita Fraternidade - SEF, no cumprimento de seus objetivos estatutários.
     O Remanso Fraterno tem como finalidade colaborar para que crianças e adolescentes de famílias em situação de vulnerabilidade ou risco social possam se desenvolver de forma sadia e equilibrada, moral, social e intelectualmente.
     Para tanto, oferece educação formal de qualidade, desenvolve ações socioassistenciais e grupos socioeducativos, visando ao fortalecimento dos vïnculos familiares e comunitários.
     Trabalha em articulação com redes de promoção social e amparo às famílias dos municípios de Niterói e de São Gonçalo" no Rio de Janeiro.

     Conheça mais sobre este trabalho visitando o site da instituição no endereço http://www.remansofraterno.org.br/ e colabore com esta causa humanitária.


FONTE: http://www.remansofraterno.org.br/

RAUL TEIXEIRA FEZ A PRECE DE ABERTURA DO CFN 2014 DA FEB

          Durante a reunião anual do Conselho Federativo Nacional da Federação Espírita Brasileira, em Brasília, DF, em 7 de novembro de 2014 o palestrante e médium espírita José Raul Teixeira fez a prece de abertura. Suas limitações devido as consequências de um AVC nos fazem refletir sobre nossas vidas. Para quem não sabe, Raul Teixeira sofreu um AVC enquanto viajava do Brasil para Nova York e quem estava com ele, pensou que ele dormia. Quando a aeronave pousou ele continuou "dormindo". Após a tripulação constatar o problema, o que levou horas desde a ocorrência do AVC, Raul Teixeira foi levado ao hospital e lá ficou meses internado na UTI fazendo tratamento especializado. Aos poucos recuperou parte de seus movimentos, fala e coordenação motora.













sexta-feira, 14 de novembro de 2014

EVOCAÇÕES GRATULATÓRIAS



Queridas irmãs, queridos irmãos, Suplico a Jesus as Suas bênçãos para todos nós. Muito difícil descrever emoções, especialmente aquelas que nos dominam após o despertamento além do vaso carnal, ao constatarmos a imortalidade em triunfo. Coroamento da crença enraizada na mente e no coração, o reencontro com os seres queridos que nos precederam na formosa viagem de retorno ao Grande Lar, é de indefinível descrição. Tudo quanto imaginávamos antes do processo desencarnatório é insignificante ante a grandeza da vida triunfante. Poderíamos comparar o despertar no Além-túmulo como o sair de modesta aldeia tribal e despertar numa região ditosa onde uma megalópole feita de luz, cor e som viceja a contemplação de Deus. De imediato exulta o coração e a mente desencadeia lembranças, impondo-nos lamentarnão havermos feito o máximo que nos credenciaria a fruir da plenitude do que encontramos. Vale, portanto, todo o empenho na construção do Bem interior, na pacificação dos sentimentos, porque cada qual desperta do letargo corporal com os títulos de enobrecimento ou de queda que foram acumulados durante a trajetória material. Reconheço o pouco que pude armazenar. Assim mesmo agradeço a Deus por haver travado contato com o Espiritismo que me facultou melhor adaptação ao plano perene da vida, mantendo o coração pacificado e vivo de esperança e a mente devotada ao Bem, cantando hinos intérminos de gratidão. Anoto muitas saudades das horas de trabalho e de consciência, dos sonhos que cultivamos juntos pensando no Senhor da Vida e nos filhos do Seu calvário que Ele nos legou. Estremeço ante os pequenos delitos que poderia ter evitado e não o fiz, mas, exulto de contentamento pelas renúncias, insignificantes é certo, mas significativas para entesourar a paz no coração. Volto, mais uma vez, para abraçar os irmãos na fé renovada e pedir que não se permitam sofrimentos desnecessários, filhos da ingratidão, do desequilíbrio, da loucura dos corações ainda em aturdimento emocional. Continuemos lutando juntos nesse intercâmbio extraordinário em que os nossos pensamentos fundem-se no ideal de servir e de amar Jesus. Nossa Casa pode ser comparada a um farol aceso na penedia à orla do mar tempestuoso, facultando aos navegadores evitar os choques com os arrecifes ou com os imensos depósitos de areia impeditivos no transporte para atingir o porto de segurança. Também é o abrigo seguro onde nós, os sofredores do Além, encontramos repouso, esperança e orientação para a conquista dos lauréis dA Misericórdia Divina. Que o mal dominador na convivência social, ainda remanescente da inferioridade do nosso planeta, não nos constitua impedimento para o avanço ou nos desoriente no rumo que abraçamos. Comovido, agradeço as evocações carinhosas com que me envolvem a memória e peço perdão por alguma decepção que haja causado, embora não intencional. Sustentemo-nos uns aos outros, nesta formosa travessia do processo evolutivo, e o Senhor, que nos aguarda paciente e misericordioso, completará aquilo que não nos seja possível conseguir. Queridas irmãs, queridos irmãos, cantemos juntos o hino da imortalidade, agradecendo a honra imerecida de nos encontrarmos na luta redentora, embora a condição de trabalhadores da última hora. Com especial carinho e imensa gratidão, o abraço afetuoso do amigo, do irmão e do servidor, 

Nilson


(Página psicofônica, recebida pelo médium Divaldo Pereira Franco, em 01 de outubro de 2014, na reunião mediúnica do Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador - BA)










Brasil, Coração do Mundo, Patria do Evangelho - Haroldo Dutra Dias







sábado, 18 de outubro de 2014

RENOVANDO ATITUDES - JOANNA DE ÂNGELIS (Espírito) / DIVALDO PEREIRA FRANCO (Médium)


     


    Vive no inconsciente das massas o conceito falso de que a função da Divindade é a de servir sem cessar.
     Herdeiro das tradições e do atavismo ancestral trabalhado por algumas doutrinas religiosas ortodoxas, no passado, fixou-se na mente espiritual de grande parte da sociedade a ideia do servilismo divino, como única maneira de fazer-se entender Deus e a Sua majestade.
     No imaginário popular, a única finalidade do Senhor da vida é a de proteger os Seus filhos, evitando-lhes sofrimentos e retificando-lhes os caminhos, a fim de que somente facilidades encontrem na Terra, desfrutando de prazeres e de júbilos intérminos.
     Quando se lhes fala a respeito da necessidade do autocrescimento, da autoiluminação, surpreendem-se, sem entendimento imediato, como se isso lhes fosse algo imposto de maneira injusta.
     Existem mesmo aqueles que se admiram da maneira pela qual o Criador deu vida à vida, especialmente ao ser humano, impondo-lhe a necessidade de crescimento pessoal, de aprimoramento moral e de desenvolvimento espriritual.
     Interrogam, surpresos, muitas vezes, por que Deus já não fez tudo perfeito, evitando tanto trabalho, conforme consideram as propostas libertadoras.
     Olvidam-se de que a sabedoria divina melhor entende as razões por que o Espírito foi criado simples e ignorante, a fim de ter ensejo de desenvolver os sublimes recursos que lhe jazem interiormente, na condição de herança transcendente de sua procedência.
     A decantada perfeição de que gostariam de usufruir, não passa, afinal de contas, de um tipo doentio de aposentadoria em relação ao trabalho, de ociosidade dourada, sem dar-se conta da monotonia, da saturação que logo se lhes instalariam, portadores de inquietação e de desejos que são, alguns deles, exagerados...
     A benção do trabalho é de alto significado para a felicidade pessoal e geral, por facultar o desenvolvimento dos tesouros que se encontram em germe, a cada qual ensejando alegrias incomparáveis. [...]










domingo, 12 de outubro de 2014

AUTODESCOBRIMENTO Uma Busca Interior

      
As reencarnações comuns, sem destaques missionários, invariavelmente são programadas pelos automatismos das leis, que levam em conta diversos fatores que respondem pelas afinidades ou desajustes entre os seres, assim como pelas realizações ético-morais, unindo-os ou não, de forma a darem cumprimento aos imperativos, responsáveis pela evolução individual ou dos grupos humanos. Em outras circunstâncias, são planejadas por técnicos no mister, que aproximam as criaturas, formando os clãs, nem sempre, porém, levando em consideração a afetividade existente entre eles, mas, também, situando-os próximos, na mesma consanguinidade, a fim de serem limadas as arestas, corrigidas as imperfeições morais, desenvolvidos os processos de resgates, próprios dos estágios em que permanecem.

      Encontros para primeiras experiências são organizados com fito de facilitar a fraternidade, ampliando o círculo de afeições; reencontros são estabelecidos para realizações dignificadoras e também retificações impostergáveis.

     Por isso, são comuns os choques domésticos, os conflitos de ideias e de interesses, as preferências e os repúdios, os entendimentos e as reações familiares.

     Um Espírito que, na infância corporal, não recebe afeto no ninho doméstico, em face da sua historiografia perturbadora, e desenvolve futuros quadros de enfermidades psicológicas ou orgânicas, expia suavemente os delitos que não resgatou e agora são cobrados pela Vida, reestruturando a consciência do dever, ou despertando para ela. Quando se trata, porém de gravame severo, são impressos pelo perispírito no ser em formação física os limites e anomalias de natureza genética, propiciadores da expiação compulsória, que funciona como recurso enérgico para a reabilitação do calceta.

     Nada ocorre na vida por acaso ou descuido da Consciência Cósmica impressa na individual.
     Assim sendo, adquirir consciência, no seu sentido profundo, é despertar para o equacionamento das próprias incógnitas, com o consequente compreender das responsabilidades que a si mesmo dizem respeito. [...]






segunda-feira, 22 de setembro de 2014

domingo, 24 de agosto de 2014

ROTINA - Joanna de Ângelis / Divaldo Pereira Franco


     [...] Rotina é como ferrugem na engrenagem de preciosa maquinaria, que a corrói e arrebenta.     
     Disfarçada como segurança, emperra o carro do progresso social e automatiza a mente, que cede o campo do raciocínio ao mesmismo cansador, deprimente.
     O homem repete a ação de ontem com igual intensidade hoje; trabalha no mesmo labor e recompõe idênticos passos; mantém as mesmas desinteressantes conversações: retorna ao lar ou busca os repetidos espairecimentos: bar, clube, televisão, jornal, sexo, com frenético receio da solidão, até alcançar a aposentadoria. Nesse ínterim, realiza férias programadas, visita lugares que o desagradam, porém reúne-se a outros grupos igualmente tediosos e, quando chega ao denominado período do gozo-repouso, deixa-se arrastar pela inutilidade agradável, vitimado por problemas cardíacos, que resultam das pressões largamente sustentadas ou por neuroses que a monotonia engendra.
     O homem é um mamífero biossocial, construído para experiências e iniciativas constantes, renovadoras.
     A sua vida é resultado de bilhões de anos de transformações celulares, sob o comando do Espírito, que elaborou equipamentos orgânicos e psíquicos para as respostas evolutivas que a futura perfeição lhe exige.
     O trabalho constitui-lhe estímulo aos valores que lhe dormem latentes, aguardando despertamento, ampliação, desdobramento.
     Deixando que esse potencial permaneça inativo por indolência ou rotina, a frustração emocional entorpece os sentimentos do ser ou leva-o à violência, ao crime, como processo de libertação da masmorra que ele mesmo construiu, nela encarcerando-se.
     Subitamente, qual correnteza contida que arrebenta a barragem, rompe os limites do habitual e dá vazão aos conflitos, aos instintos agressivos, tombando em processos alucinados de desequilíbrios e choque.
     Nesse sentido, os suportes morais e espirituais contribuem para a mudança da rotina, abrindo espaços mentais e emocionais para o idealismo do amor ao próximo, da solidariedade, dos serviços de enobrecimento humano.
     O homem se deve renovar incessantemente, alterando para melhor os hábitos e atividades, motivando-se para o aprimoramento íntimo, com conseqüente movimentação das forças que fomentam o progresso pessoal e comunitário, a benefício da sociedade em geral.
     Face a esse esforço e empenho, o homem interior sobrepõe-se ao exterior, social, trabalhado pelos atavismos das repressões e castrações, propondo conceitos mais dignos de convivência humana, em consonância com as ambições espirituais que lhe passam a comandar as disposições íntimas.
     O excesso de tecnologia, que aparentemente resolveria os problemas humanos, engendrou novos dramas e conflitos comportamentais, na rotina degradante, que necessitam ser reexaminados para posterior correção.
     O individualismo, que deu ênfase ao enganoso conceito do homem de ferro e da mulher boneca, objeto de luxo e de inutilidade, cedeu lugar ao coletivismo consumista, sem identidade, em que os valores obedecem a novos padrões de crítica e de aceitação para os triunfos imediatos sob os altos preços da destruição do indivíduo como pessoa racional e livre.
     A liberdade custa um alto preço e deve ser conquistada na grande luta que se trava no cotidiano. 
     Liberdade de ser e atuar, de ter respeitados os seus valores e opções de discernir e aplicar, considerando, naturalmente, os códigos éticos e sociais, sem a submissão acomodada e indiferente aos padrões de conveniência dos grupos dominantes.
     A escala de interesses, apequenando o homem, brinda-o com prêmios que foram estabelecidos pelo sistema desumano, sem participação do indivíduo como célula viva e pensante do conjunto geral.
     Como profilaxia e terapêutica eficaz, existem os desafios propostos por Jesus, que são de grande utilidade, induzindo a criatura a dar passos mais largos e audaciosos do que aqueles que levam na direção dos breves objetivos da existência apenas material.
     A desenvoltura das propostas evangélicas facilita a ruptura da rotina, dando saudável dinâmica para uma vida integral em favor do homem-espírito eterno e não apenas da máquina humana pensante a caminho do túmulo, da dissolução, do esquecimento.




domingo, 6 de julho de 2014

Insegurança e crises – O HOMEM INTEGRAL


 
 
 
 
A par dos fatores sóciomesológicos, outras razões são preponderantes na área do comportamento inseguro, que são aquelas que procedem das reencarnações anteriores, malogradas ou assinaladas pelos golpes violentos que foram aplicados pelo Espírito em desconcerto moral, ou que os padeceu nas rudes pugnas existenciais.
Assinalando com rigor a manifestação da afetividade tranqüila ou desconfiada, aquelas impressões são arquivadas no inconsciente profundo, graças aos mecanismos sutis do perispírito. O homem é um ser inacabado, que a atual existência deverá colaborar para o aperfeiçoamento a que se encontra destinado. Faltando-lhe os recursos favoráveis ao ajustamento, torna-se uma peça mal colocada ou inadaptada na complexidade da vida social, somando à sua a insegurança dos outros membros, assim favorecendo as crises individuais e coletivas.
Por desinformação ou fruto de um contexto imediatista consumista, elaborou-se a tese de que a segurança pessoal é o resultado do ter, que se manifesta pelo poder e recebe a resposta na forma de parecer. Todos os mecanismos responsáveis pelo homem e sua sobrevivencia se estribam nessas propostas falsas, formando uma sociedade de forma, sem pro-fundidade, de apresentação, sem estrutura psicológica nem equilíbrio moral.
Trabalhando somente no exterior, relega-se, a plano secundário ou a nenhum, o sentido ético do ser humano, da sua realidade intrínseca, das suas possibilidades futuras, jacentes nele mesmo.
O homem deve ser educado para conviver consigo próprio, com a sua solidão, com os seus momentâneos limites e ansiedades, administrando-os em proveito pessoal, de modo a poder compartir emoções e reparti-las, distribuir conquistas, ceder espaços, quando convidado à participação em outras vidas, ou pessoas outras vierem envolver-se na sua área emocional.
Desacostumado à convivência psíquica consciente com os seus problemas, mascara-se com as fantasias da aparência e da posse, fracassando nos momentos em que se deve enfrentar, refletido em outrem que o observa com os mesmos conflitos e inseguranças. As uniões fraternais então se desar-ticulam, as afetivas se convertem em guerras surdas, o matrimônio naufraga, o relacionamento social sucumbe disfarçado nos encontros da balbúrdia, da extravagância, dos exageros alcoólicos, tóxicos, orgíacos, em mecanismos de fuga da realidade de cada um.
A educação, a psicoterapia, a metodologia da convivência humana devem estruturar-se em uma consciência de ser, antes de ter; de ser, ao invés de poder, de ser, embora sem a preocupação de parecer.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

quinta-feira, 12 de junho de 2014

domingo, 8 de junho de 2014

JOANNA DE ÂNGELIS - Razões de ser do estresse

http://www.livrarialeal.com.br/
 
     Numa sociedade competitiva e angustiada como a atual, o   fenômeno do estresse generaliza-se em razão do volume de compromissos, da escassez de tempo para os atender, da busca desesperada por melhores salários e comodidades, de divertimentos e de prazeres, dando lugar à ansiedade, produzindo culpa e desarmonizando a estrutura emocional. [...]
     Não apenas as ocorrências aflitivas encarregam-se de inquietar, mas também a ansiedade em torno daquilo que se almeja, pelo que se afadiga, pelas conquistas realizadas que culminam no êxito, por exemplo, no matrimônio, na conclusão de um curso, na aquisição de uma carreira, na glória de um empreendimento...
     Assim sendo, as atividades psicológicas positivas e desejadas, quando conseguidas, podem também transformar-se em fatores geradores de estresse, portanto, porta aberta a situações cansativas e desmotivadoras.
     A mãe que se afeiçoa ao filho e, na viuvez ou não, se lhe dedica com ferrado sentimento de amor-posse, que se completa emocionalmente através das realizações que ele lobriga, quando vê crescido, avançando para a independência, para a ruptura do cordão umbilical, passa a estressar-se, a mergulhar no poço da existência sem sentido, porque todas as suas aspirações foram direcionadas para aquele mecanismo de auto-realização, de egotismo exacerbado. [...]
     O funcionário que se entrega a empresa e, lentamente passa a vive-la com intensidade, acreditando-se indispensável, e vê-se, de um para outro momento descartado, substituído por outrem mais bem preparado com novos recursos para aplicação, é tomado pelo estresse da amargura e tomba no fosso do desespero. [...]
     O ego, no entanto, estabelece os seus parâmetros e assoberba-se de ilusões e de posses mentirosas que a realidade se incumbe de desfazer, porque sem estruturas legítimas, fundamentadas em quimeras, em perturbações e sonhos infantis não superados pela idade adulta.
     O aprofundamento da identificação da autoconsciência faculta a valorização do Si-próprio (Self), ampliando a esfera de aspirações e de metas que devem ser realizadas.
     As experiências sociais e humanas, os desafios e dificuldades, as lutas e desacertos não deveriam constituir força estressante, porque têm por objetivo amadurecer a capacidade emocional, fortalecendo-a para embates mais vigorosos que devem ser travados até o momento da completude.
     Cada experiência existencial converte-se em valor emocional que se soma aos anteriores, propiciando crescimento pessoal e realização interior.
     Ninguém alcança patamares de equilíbrio sem passar pelos testes de lutas edificantes.
 
 
 
 

sexta-feira, 6 de junho de 2014

O LIVRO DOS ESPÍRITOS - ALLAN KARDEC


1. Que é Deus? 
“Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.”
 
659. Qual o caráter geral da prece?
“A prece é um ato de adoração. Orar a Deus é pensar nele; é aproximar-se dele; é pôr-se em comunicação com ele. A três coisas podemos propor-nos por meio da prece: louvar, pedir, agradecer.


 



Fonte:
O Livro dos Espíritos - Allan Kardec
http://www.youtube.com




 

quarta-feira, 28 de maio de 2014

O Encontro com a Sombra - Marlon Reikdal

 
 

 
 
 

A contínua luta entre o ego e o Self - Joanna de Ângelis / Divaldo Pereira Franco


http://www.mansaodocaminho.com.br/livraria-leal/
 
 
Dominador, o ego mascara-se no personalismo, em que se refugiam as heranças grosseiras, que levam o indivíduo à prepotência, à dominação dos outros, em face da dificuldade de fazê-lo em relação a si mesmo, isto é, libertar-se da situação deplorável em que se encontra.[...]

     Sendo o Self o arquétipo básico da vida consciente, o princípio inteligente, ele é o somatório de todas as experiências evolutivas, sempre avançando na direção do estado numinoso.

     Nessa dissociação dos polos, muitas vezes pode parecer que o indivíduo, a grande esforço, conseguiu a interação, até o momento em que se surpreende com o terror da cisão inesperada que o leva a um transtorno profundo, especialmente se viveu em razão de um ideal que asfixiou o conflito, mas não o solucionou, despertando com sensação de inutilidade, de vazio existencial.

     Sucede que o ego exige destaque, compensação, aplauso, embora nos conflitos entre razão e instinto, originando-se nele um tipo de sede de água do mar, que não é saciada por motivo óbvio.[...]

     Conscientizar a sombra, diluindo-a, mediante a sua assimilação, ao invés de ignorá-la, constitui passo avançado para a perfeita identificação entre ego e Self.[...]

     Essas expressões (ego e Self) apresentam-se na conduta humana quando em público, aparenta-se uma forma de ser e, quando, no lar, na família ou a sós, outra bem diferente. O que representa gentileza transforma-se em mal-estar, azedume e aspereza.

     Aceitar-se com naturalidade esses opostos é recurso salutar, terapêutico, para melhor contribuir-se em favor da harmonia entre os outros litigantes, que são o ego e Self.

     No comportamento social não é necessário mascarar-se de qualidades que não se possuem, embora não se deva expor as aflições internas, os tormentos do polo negativo.
     Assumir-se a realidade do que se é, administrando, pela educação – fonte geradora dos valores edificantes e enobrecedores – os impulsos do desejo e do prazer, transformando-os em emoções de bem-estar e alegria, saindo da área das sensações dominantes, constitui maneira eficiente para diminuir a luta existente entre os dois arquétipos básicos da vida humana.



 

terça-feira, 20 de maio de 2014

SIR WILLIAN CROOKES E AS MATERIALIZAÇÕES DE ESPÍRITOS


     William Crookes nasceu em Londres, Inglaterra, no dia 17 de junho de 1832. Foi o maior químico da Inglaterra, segundo afirmativa de "Sir" Arthur Conan Doyle, o que ficou constatado pela trajetória gloriosa que esse ilustre homem de ciência desenvolveu no campo científico. Mencionado como sendo um dos mais persistentes e corajosos pesquisadores dos fenômenos supranormais, desenvolveu importante trabalho na área da fenomenologia espírita.


 
 
 
 
 
 
 
 
 



segunda-feira, 12 de maio de 2014

REVISTA ESPÍRITA - FEVEREIRO DE 1862

 
Resposta ao requerimento dos Espíritas de Lyon por ocasião do ano novo
 
 
 
 
 
Meus caros irmãos e amigos de Lyon,
O requerimento coletivo que consentis em me enviar, por ocasião do ano novo, causou-me bem viva satisfação, provando-me que conservais uma boa lembrança de mim; mas o que me deu mais prazer nesse ato espontâneo de vossa parte, foi encontrar, entre as numerosas assinaturas que ali figuram, representantes de quase todos os grupos, porque é um sinal da harmonia que reina entre eles. Estou feliz em ver que compreendestes perfeitamente o objetivo desta organização da qual já podeis apreciar os resultados, porque deve estar evidente agora, para vós, que uma Sociedade única teria sido quase impossível.
Eu vos agradeço, meus bons amigos, pelos votos que formulais por mim; eles me são tanto mais agradáveis quanto sei que partem do coração, e são aqueles que Deus escuta. Ficai, pois, satisfeitos, porque eles os atende cada dia, dando-me a alegria inaudita no estabelecimento de uma nova doutrina, de ver aquela a que me devotei crescer e prosperar, enquanto vivo, com uma maravilhosa rapidez. Considero como um grande favor do céu ser testemunha do bem que ela já fez. Esta certeza, da qual recebo diariamente os mais tocantes testemunhos, me paga com usura todas as minhas dificuldades e todas as minhas fadigas; não peço a Deus senão uma graça, que é a de me dar a força física necessária para ir até o fim de minha tarefa, que está longe de ser terminada; mas, o que quer que ocorra, terei sempre o consolo de estar seguro de que a semente das idéias novas, agora difundida por toda a parte, é imperecível; mais feliz do que muitos outros, que não trabalharam senão para o futuro, foi-me dado ver-lhe os primeiros frutos.
Se uma coisa lamento, é que a exigüidade de meus recursos pessoais não me permita pôr em execução os planos que concebi para o seu adiantamento ainda mais rápido; mas se Deus, em sua sabedoria, acreditou dever isso decidir de outro modo, legarei esses planos aos meus sucessores que, sem dúvida, serão mais felizes. Apesar da penúria dos recursos materiais, o movimento que se opera na opinião superou toda esperança; crede bem, meus irmãos, que nisso vosso exemplo não terá sido sem influência. Recebei, pois, nossas felicitações pela maneira pela qual sabeis compreender e praticar a Doutrina. Sei o quanto são grandes as provas que muitos, dentre vós, tereis que suportar; só Deus lhes conhece o fim neste mundo; mas também que força a fé no futuro dá contra a adversidade! Oh! Lamentai aqueles que crêem no nada depois da morte, porque para eles o mal presente não tem compensação. O incrédulo infeliz é como o doente que não espera nenhuma cura; o Espírita, ao contrário, é como aquele que está doente hoje e que sabe que amanhã estará bem.
Pedis a mim para vos continuar com meus conselhos; eu os dou de boa vontade àqueles que crêem deles ter necessidade e que os reclamam; mas não os dou senão àqueles; aos que pensam deles saber bastante e poder abster-se das lições da experiência, nada tenho a dizer, senão que desejo que não tenham a se lamentar um dia por terem muito presumido de suas próprias forças. Essa pretensão, aliás, acusa um sentimento de orgulho, contrário ao verdadeiro espírito do Espiritismo; ora, pecando pela base, provam só por isso que se afastam da verdade. Não sois desse número, meus amigos, e é por isso que aproveito a circunstância para vos dirigir algumas palavras que vos provarão que, de longe como de perto, estou inteiramente ao vosso dispor.
No ponto em que hoje as coisas estão, e ao ver a marcha do Espiritismo através dos obstáculos semeados sobre o seu caminho, pode-se dizer que as principais dificuldades estão vencidas; ele tomou seu lugar e está assentado sobre bases que desafiam,doravante, os esforços de seus adversários. Pergunta-se como uma doutrina que nos torna felizes e melhores, pode ter inimigos; isso é muito natural: o estabelecimento das melhores coisas, no começo, fere sempre interesses; não foi assim com todas as invenções e descobertas que fizeram revolução na indústria? As que hoje são olhadas como benefícios, sem quais não se poderia mais se passar, não tiveram inimigos obstinados? Toda lei que reprime os abusos, não tem contra si aqueles que vivem dos abusos? Como quereríeis que uma doutrina, que conduz ao reino da caridade efetiva, não seja combatida por todos aqueles que vivem do egoísmo; e sabeis o quanto são estes numerosos sobre a Terra! No princípio, esperaram matá-la pela zombaria; hoje vêem que essa arma é impotente, e que sob o fogo constante dos sarcasmos continuou seu caminho sem tropeçar; não credes que eles irão se confessar vencidos; não, o interesse material é mais tenaz; reconhecendo que é uma força com a qual, doravante, é preciso contar, vão lhe travar assaltos mais sérios, mas que não servirão senão para melhor provar sua fraqueza. Uns atacarão abertamente, em palavras e em ações, e a perseguirão até na pessoa de seus adeptos, que tentarão desencorajar à força de tormentos, ao passo que outros, ocultamente e por caminhos deturpados, procurarão miná-la surdamente. Tende, pois, por advertidos de que a luta não terminou. Estou prevenido de que vão tentar um supremo esforço; mas não tenhais medo; a garantia do sucesso está nesta divisa, que é a de todos os verdadeiros Espíritas: Fora da caridade não há salvação. Arvorai-a claramente, porque ela é a cabeça de Medusa para os egoístas.
A tática já usada pelos inimigos dos Espíritas, mas que vão empregar com um novo ardor, é a de tentar dividi-los, criando sistemas divergentes e suscitando, entre eles, a desconfiança e a inveja. Não vos deixeis prender na armadilha, e tende por certo que quem procura, por um meio qualquer que seja, romper a boa harmonia, não pode ter uma boa intenção. É por isso que vos convido a colocardes a maior circunspecção na formação de vossos grupos, não somente para vossa tranqüilidade, mas no próprio interesse de vossos trabalhos.
A natureza dos trabalhos espíritas exige a calma e o recolhimento; ora, não há recolhimento possível se se distrai por discussões e a expressão de sentimentos malévolos.
Não haverá sentimentos malévolos, se houver fraternidade; mas não pode aí haver fraternidade com egoístas, ambiciosos e orgulhosos. Com orgulhosos que se melindram e se ofendem com tudo, ambiciosos que estarão frustrados se não tiverem a supremacia, egoístas que não pensam senão neles, a discórdia não pode tardar a se introduzir e, daí, a dissolução. É o que querem nossos inimigos, e é o que procurarão fazer. Se um grupo quer estar em condições de ordem, de tranqüilidade e de estabilidade, é preciso que nele reine um sentimento fraternal. Todo grupo ou sociedade que se forma sem ter a caridade efetiva por base, não tem vitalidade; ao passo que aqueles que serão fundados segundo o verdadeiro espírito da Doutrina, se olharão como os membros de uma mesma família, que, não podendo todos habitar sob o mesmo teto, moram em lugares diferentes. A rivalidade entre eles seria um contra-senso; ela não poderia existir ali onde reina a verdadeira caridade, porque a caridade não pode se entender de duas maneiras. Reconhecereis, pois, o verdadeiro Espírita pela prática da caridade em pensamentos, em palavras e em ações, e dizei-vos que, quem nutre em sua alma sentimentos de animosidade, de rancor, de ódio, de inveja ou de ciúme mente a si mesmo se pretende compreender e praticar o Espiritismo.
O egoísmo e o orgulho matam as sociedades particulares, como matam os povos e a sociedade em geral. Lede a história, e vereis que os povos sucumbem sob o amplexo desses dois mortais inimigos da felicidade dos homens. Quando se apoiarem sobre as bases da caridade, serão indissolúveis, porque estarão em paz entre eles e com eles próprios, cada um respeitando os direitos e os bens de seu vizinho. É a era nova predita, da qual o Espiritismo é o precursor, e pela qual todo Espírita deve trabalhar, cada um em sua esfera de atividade. É uma tarefa que lhes incumbe, e da qual serão recompensados segundo a maneira que a terão cumprido, porque Deus saberá distinguir aqueles que não terão procurado no Espiritismo senão a sua satisfação pessoal, daqueles que terão, ao mesmo tempo, trabalhado pela felicidade de seus irmãos.
Devo ainda vos assinalar uma outra tática de nossos adversários, que é a de procurar comprometer os Espíritas, impelindo-os a se afastarem do verdadeiro objetivo da Doutrina, que é o da moral, para abordarem questões que não são de sua alçada, e que poderiam, a justo título, despertar suscetibilidades sombrias. Não vos deixeis, não mais, vos prender nesta armadilha; afastai com cuidado, em vossas reuniões, tudo o que tem relação com a política e com questões irritantes; as discussões, sob esse assunto, não levariam a nada senão a vos suscitar embaraços, ao passo que ninguém pode achar de censurar a moral quando ela é boa. Procurai, no Espiritismo, o que pode vos melhorar, está aí o essencial; quando os homens forem melhores, as reformas sociais, verdadeiramente úteis, lhe serão a conseqüência muito natural; trabalhando para o progresso moral, possuireis os verdadeiros e os mais sólidos fundamentos de todos os melhoramentos, e deixais a Deus o cuidado de fazer as coisas chegarem a seu tempo. Oponde, pois, no próprio interesse do Espiritismo que é ainda jovem, mas que amadurece depressa, uma inabalável firmeza àqueles que procurarem vos arrastar num caminho perigoso.  (...)
Eis, meus amigos, os conselhos que vos dou e aos quais junto meus votos para o ano que começa. Não sei quais provas Deus nos destina para este ano, mas sei que, quaisquer que sejam, vós a suportareis com firmeza e resignação, porque sabeis que, para vós como para o soldado, a recompensa é proporcional à coragem.
Quanto ao Espiritismo, pelo qual vos interessais mais do que por vós mesmos, e do qual, pela minha posição, posso julgar, melhor do que ninguém, os progressos, estou feliz em vos dizer que o ano se abre sob os auspícios mais favoráveis, e que verá, sem nenhuma dúvida, o número dos adeptos crescer numa proporção impossível de se prever; ainda alguns anos como os que vêm de se escoar, e o Espiritismo terá por ele os três quartos da população. Deixai-me vos citar um fato entre mil.
Num departamento vizinho de Paris, há uma pequena cidade onde o Espiritismo penetrou há seis meses apenas. Em algumas semanas, tomou um desenvolvimento considerável; uma oposição formidável foi logo organizada contra os seus partidários, ameaçando mesmo  seus interesses privados; tudo enfrentaram com uma coragem, um desinteresse dignos dos maiores elogios; entregaram-nos à Providência, e a Providência não lhes faltou. Essa cidade conta com uma população operária numerosa, entre a qual as idéias espíritas, graças à oposição que se lhe fez, fazem luz rapidamente; ora, um fato digno de nota, é que as mulheres, as jovens esperaram seus presentes para se proporcionarem as obras necessárias à sua instrução, e foi por centenas que uma livraria foi encarregada de expedilas só nessa cidade. Não é prodigioso ver simples operários reservarem suas economias para comprar livros de moral e de filosofia, antes que romances e bagatelas? Homens preferirem essa leitura às alegrias barulhentas e embrutecidas do cabaré? Ah! é que esses homens e essas mulheres, que sofrem como vós, compreendem agora que não é neste mundo que a sua sorte se cumpre; a cortina se levanta e eles entrevêem os esplêndidos horizontes do futuro. Essa pequena cidade é Chauny, no departamento do Aisne. Novas crianças na grande família, vos saúdam, irmãos de Lyon, como mais velhos, e formam doravante um dos anéis da corrente espiritual que já une Paris, Lyon, Metz, Sens, Bordeaux outras, e que logo ligará todas as cidades do mundo num sentimento de mútua confraternização; porque por toda a parte o Espiritismo lançou sementes fecundas, e seus filhos já se estendem as mãos acima das barreiras dos preconceitos de seitas, de castas e de nacionalidades.
Vosso muito devotado irmão e amigo,
 
                                                                                    ALLAN KARDEC.