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terça-feira, 23 de dezembro de 2014
quarta-feira, 26 de novembro de 2014
quinta-feira, 20 de novembro de 2014
CONHECIMENTO DO PRINCÍPIO DAS COISAS
20. Dado é ao homem receber, sem ser por meio das investigações da Ciência, comunicações de ordem mais elevada acerca do que lhe escapa ao testemunho dos sentidos?
“Sim, se o julgar conveniente, Deus pode revelar o que à ciência não é dado apreender.”
Por essas comunicações é que o homem adquire, dentro de certos limites, o conhecimento do seu passado e do seu futuro.
INSTITUIÇÃO APOIADA POR JOSÉ RAUL TEIXEIRA
"O Remanso Fraterno é um espaço de promoção social e de educação, mantido pela Sociedade Espírita Fraternidade - SEF, no cumprimento de seus objetivos estatutários.
O Remanso Fraterno tem como finalidade colaborar para que crianças e adolescentes de famílias em situação de vulnerabilidade ou risco social possam se desenvolver de forma sadia e equilibrada, moral, social e intelectualmente.
Para tanto, oferece educação formal de qualidade, desenvolve ações socioassistenciais e grupos socioeducativos, visando ao fortalecimento dos vïnculos familiares e comunitários.
Trabalha em articulação com redes de promoção social e amparo às famílias dos municípios de Niterói e de São Gonçalo" no Rio de Janeiro.
Conheça mais sobre este trabalho visitando o site da instituição no endereço http://www.remansofraterno.org.br/ e colabore com esta causa humanitária.
FONTE: http://www.remansofraterno.org.br/
RAUL TEIXEIRA FEZ A PRECE DE ABERTURA DO CFN 2014 DA FEB
Durante a reunião anual do Conselho Federativo Nacional da Federação Espírita Brasileira, em Brasília, DF, em 7 de novembro de 2014 o palestrante e médium espírita José Raul Teixeira fez a prece de abertura. Suas limitações devido as consequências de um AVC nos fazem refletir sobre nossas vidas. Para quem não sabe, Raul Teixeira sofreu um AVC enquanto viajava do Brasil para Nova York e quem estava com ele, pensou que ele dormia. Quando a aeronave pousou ele continuou "dormindo". Após a tripulação constatar o problema, o que levou horas desde a ocorrência do AVC, Raul Teixeira foi levado ao hospital e lá ficou meses internado na UTI fazendo tratamento especializado. Aos poucos recuperou parte de seus movimentos, fala e coordenação motora.
sexta-feira, 14 de novembro de 2014
EVOCAÇÕES GRATULATÓRIAS
Queridas irmãs,
queridos irmãos, Suplico a Jesus as Suas bênçãos para todos nós. Muito difícil
descrever emoções, especialmente aquelas que nos dominam após o despertamento
além do vaso carnal, ao constatarmos a imortalidade em triunfo. Coroamento da
crença enraizada na mente e no coração, o reencontro com os seres queridos que
nos precederam na formosa viagem de retorno ao Grande Lar, é de indefinível
descrição. Tudo quanto imaginávamos antes do processo desencarnatório é
insignificante ante a grandeza da vida triunfante. Poderíamos comparar o despertar
no Além-túmulo como o sair de modesta aldeia tribal e despertar numa região
ditosa onde uma megalópole feita de luz, cor e som viceja a contemplação de
Deus. De imediato exulta o coração e a mente desencadeia lembranças,
impondo-nos lamentarnão havermos feito o máximo que nos credenciaria a fruir da
plenitude do que encontramos. Vale, portanto, todo o empenho na construção do
Bem interior, na pacificação dos sentimentos, porque cada qual desperta do
letargo corporal com os títulos de enobrecimento ou de queda que foram
acumulados durante a trajetória material. Reconheço o pouco que pude armazenar.
Assim mesmo agradeço a Deus por haver travado contato com o Espiritismo que me
facultou melhor adaptação ao plano perene da vida, mantendo o coração pacificado
e vivo de esperança e a mente devotada ao Bem, cantando hinos intérminos de
gratidão. Anoto muitas saudades das horas de trabalho e de consciência, dos
sonhos que cultivamos juntos pensando no Senhor da Vida e nos filhos do Seu
calvário que Ele nos legou. Estremeço ante os pequenos delitos que poderia ter
evitado e não o fiz, mas, exulto de contentamento pelas renúncias,
insignificantes é certo, mas significativas para entesourar a paz no coração. Volto,
mais uma vez, para abraçar os irmãos na fé renovada e pedir que não se permitam
sofrimentos desnecessários, filhos da ingratidão, do desequilíbrio, da loucura
dos corações ainda em aturdimento emocional. Continuemos lutando juntos nesse
intercâmbio extraordinário em que os nossos pensamentos fundem-se no ideal de
servir e de amar Jesus. Nossa Casa pode ser comparada a um farol aceso na
penedia à orla do mar tempestuoso, facultando aos navegadores evitar os choques
com os arrecifes ou com os imensos depósitos de areia impeditivos no transporte
para atingir o porto de segurança. Também é o abrigo seguro onde nós, os
sofredores do Além, encontramos repouso, esperança e orientação para a
conquista dos lauréis dA Misericórdia Divina. Que o mal dominador na
convivência social, ainda remanescente da inferioridade do nosso planeta, não
nos constitua impedimento para o avanço ou nos desoriente no rumo que
abraçamos. Comovido, agradeço as evocações carinhosas com que me envolvem a
memória e peço perdão por alguma decepção que haja causado, embora não intencional.
Sustentemo-nos uns aos outros, nesta formosa travessia do processo evolutivo, e
o Senhor, que nos aguarda paciente e misericordioso, completará aquilo que não
nos seja possível conseguir. Queridas irmãs, queridos irmãos, cantemos juntos o
hino da imortalidade, agradecendo a honra imerecida de nos encontrarmos na luta
redentora, embora a condição de trabalhadores da última hora. Com especial
carinho e imensa gratidão, o abraço afetuoso do amigo, do irmão e do servidor,
Nilson
(Página psicofônica, recebida pelo médium Divaldo Pereira Franco, em 01 de
outubro de 2014, na reunião mediúnica do Centro Espírita Caminho da Redenção,
em Salvador - BA)
sábado, 18 de outubro de 2014
RENOVANDO ATITUDES - JOANNA DE ÂNGELIS (Espírito) / DIVALDO PEREIRA FRANCO (Médium)
Vive no inconsciente das massas o conceito falso de que a função da Divindade é a de servir sem cessar.
Herdeiro das tradições e do atavismo ancestral trabalhado por algumas
doutrinas religiosas ortodoxas, no passado, fixou-se na mente espiritual de
grande parte da sociedade a ideia do servilismo divino, como única maneira de
fazer-se entender Deus e a Sua majestade.
No imaginário popular, a única finalidade do Senhor da vida é a de
proteger os Seus filhos, evitando-lhes sofrimentos e retificando-lhes os
caminhos, a fim de que somente facilidades encontrem na Terra, desfrutando de
prazeres e de júbilos intérminos.
Quando se lhes fala a respeito da necessidade do autocrescimento, da
autoiluminação, surpreendem-se, sem entendimento imediato, como se isso lhes
fosse algo imposto de maneira injusta.
Existem mesmo aqueles que se admiram da maneira pela qual o Criador deu
vida à vida, especialmente ao ser humano, impondo-lhe a necessidade de
crescimento pessoal, de aprimoramento moral e de desenvolvimento espriritual.
Interrogam, surpresos, muitas vezes, por que Deus já não fez tudo
perfeito, evitando tanto trabalho, conforme consideram as propostas
libertadoras.
Olvidam-se de que a sabedoria divina melhor entende as razões por que o
Espírito foi criado simples e ignorante, a fim de ter ensejo de desenvolver os
sublimes recursos que lhe jazem interiormente, na condição de herança
transcendente de sua procedência.
A decantada perfeição de que gostariam de usufruir, não passa, afinal de
contas, de um tipo doentio de aposentadoria em relação ao trabalho, de ociosidade
dourada, sem dar-se conta da monotonia, da saturação que logo se lhes
instalariam, portadores de inquietação e de desejos que são, alguns deles,
exagerados...
A benção do
trabalho é de alto significado para a felicidade pessoal e geral, por facultar
o desenvolvimento dos tesouros que se encontram em germe, a cada qual ensejando
alegrias incomparáveis. [...]
domingo, 12 de outubro de 2014
AUTODESCOBRIMENTO Uma Busca Interior
As reencarnações comuns, sem destaques missionários, invariavelmente são programadas pelos automatismos das leis, que levam em conta diversos fatores que respondem pelas afinidades ou desajustes entre os seres, assim como pelas realizações ético-morais, unindo-os ou não, de forma a darem cumprimento aos imperativos, responsáveis pela evolução individual ou dos grupos humanos. Em outras circunstâncias, são planejadas por técnicos no mister, que aproximam as criaturas, formando os clãs, nem sempre, porém, levando em consideração a afetividade existente entre eles, mas, também, situando-os próximos, na mesma consanguinidade, a fim de serem limadas as arestas, corrigidas as imperfeições morais, desenvolvidos os processos de resgates, próprios dos estágios em que permanecem.
Encontros para primeiras
experiências são organizados com fito de facilitar a fraternidade, ampliando o
círculo de afeições; reencontros são estabelecidos para realizações
dignificadoras e também retificações impostergáveis.
Por isso, são comuns os choques domésticos, os conflitos de ideias e de
interesses, as preferências e os repúdios, os entendimentos e as reações
familiares.
Um Espírito que, na infância corporal, não recebe afeto no ninho
doméstico, em face da sua historiografia perturbadora, e desenvolve futuros
quadros de enfermidades psicológicas ou orgânicas, expia suavemente os delitos que não resgatou e agora são cobrados pela Vida, reestruturando
a consciência do dever, ou despertando para ela. Quando se trata, porém de
gravame severo, são impressos pelo perispírito no ser em formação física os
limites e anomalias de natureza genética, propiciadores da expiação
compulsória, que funciona como recurso enérgico para a reabilitação do calceta.
Nada ocorre na vida por acaso ou descuido da Consciência Cósmica impressa
na individual.
Assim
sendo, adquirir consciência, no seu sentido profundo, é despertar para o
equacionamento das próprias incógnitas, com o consequente compreender das
responsabilidades que a si mesmo dizem respeito. [...]
segunda-feira, 22 de setembro de 2014
segunda-feira, 1 de setembro de 2014
domingo, 24 de agosto de 2014
ROTINA - Joanna de Ângelis / Divaldo Pereira Franco
[...]
Rotina é como ferrugem na engrenagem de preciosa maquinaria, que a corrói e
arrebenta.
Disfarçada como segurança, emperra o carro do progresso social e
automatiza a mente, que cede o campo do raciocínio ao mesmismo cansador,
deprimente.
O homem repete a ação de ontem com igual intensidade hoje; trabalha
no mesmo labor e recompõe idênticos passos; mantém as mesmas desinteressantes
conversações: retorna ao lar ou busca os repetidos espairecimentos: bar, clube,
televisão, jornal, sexo, com frenético receio da solidão, até alcançar a
aposentadoria. Nesse ínterim, realiza férias programadas, visita lugares que o
desagradam, porém reúne-se a outros grupos igualmente tediosos e, quando chega
ao denominado período do gozo-repouso, deixa-se arrastar pela inutilidade
agradável, vitimado por problemas cardíacos, que resultam das pressões
largamente sustentadas ou por neuroses que a monotonia engendra.
O homem é um mamífero biossocial, construído para
experiências e iniciativas constantes, renovadoras.
A sua vida é resultado de bilhões de anos de
transformações celulares, sob o comando do Espírito, que elaborou equipamentos
orgânicos e psíquicos para as respostas evolutivas que a futura perfeição lhe
exige.
O
trabalho constitui-lhe estímulo aos valores que lhe dormem latentes, aguardando
despertamento, ampliação, desdobramento.
Deixando que esse potencial permaneça inativo por
indolência ou rotina, a frustração emocional entorpece os sentimentos do ser ou
leva-o à violência, ao crime, como processo de libertação da masmorra que ele
mesmo construiu, nela encarcerando-se.
Subitamente, qual correnteza contida que arrebenta a
barragem, rompe os limites do habitual e dá vazão aos conflitos, aos instintos
agressivos, tombando em processos alucinados de desequilíbrios e choque.
Nesse sentido, os
suportes morais e espirituais contribuem para a mudança da rotina, abrindo
espaços mentais e emocionais para o idealismo do amor ao próximo, da
solidariedade, dos serviços de enobrecimento humano.
O homem se deve
renovar incessantemente, alterando para melhor os hábitos e atividades,
motivando-se para o aprimoramento íntimo, com conseqüente movimentação das
forças que fomentam o progresso pessoal e comunitário, a benefício da sociedade
em geral.
Face
a esse esforço e empenho, o homem interior sobrepõe-se ao exterior, social,
trabalhado pelos atavismos das repressões e castrações, propondo conceitos mais
dignos de convivência humana, em consonância com as ambições espirituais que
lhe passam a comandar as disposições íntimas.
O excesso de tecnologia, que aparentemente resolveria
os problemas humanos, engendrou novos dramas e conflitos comportamentais, na
rotina degradante, que necessitam ser reexaminados para posterior correção.
O individualismo, que
deu ênfase ao enganoso conceito do homem de ferro e da mulher boneca, objeto de
luxo e de inutilidade, cedeu lugar ao coletivismo consumista, sem identidade,
em que os valores obedecem a novos padrões de crítica e de aceitação para os
triunfos imediatos sob os altos preços da destruição do indivíduo como pessoa racional e livre.
A liberdade custa um alto preço e deve ser conquistada
na grande luta que se trava no cotidiano.
Liberdade de ser e atuar, de ter respeitados os seus
valores e opções de discernir e aplicar, considerando, naturalmente, os códigos
éticos e sociais, sem a submissão acomodada e indiferente aos padrões de
conveniência dos grupos dominantes.
A escala de interesses, apequenando o homem, brinda-o
com prêmios que foram estabelecidos pelo sistema desumano, sem participação do
indivíduo como célula viva e pensante do conjunto geral.
Como profilaxia e
terapêutica eficaz, existem os desafios propostos por Jesus, que são de grande
utilidade, induzindo a criatura a dar passos mais largos e audaciosos do que
aqueles que levam na direção dos breves objetivos da existência apenas
material.
A
desenvoltura das propostas evangélicas facilita a ruptura da rotina, dando
saudável dinâmica para uma vida integral em favor do homem-espírito eterno e não
apenas da máquina humana pensante a caminho do túmulo, da dissolução, do
esquecimento.
segunda-feira, 4 de agosto de 2014
domingo, 3 de agosto de 2014
domingo, 6 de julho de 2014
Insegurança e crises – O HOMEM INTEGRAL
A
par dos fatores sóciomesológicos, outras razões são preponderantes na área do
comportamento inseguro, que são aquelas que procedem das reencarnações
anteriores, malogradas ou assinaladas pelos golpes violentos que foram
aplicados pelo Espírito em desconcerto moral, ou que os padeceu nas rudes
pugnas existenciais.
Assinalando
com rigor a manifestação da afetividade tranqüila ou desconfiada, aquelas
impressões são arquivadas no inconsciente profundo, graças aos mecanismos sutis
do perispírito. O homem é um ser inacabado, que a atual existência deverá
colaborar para o aperfeiçoamento a que se encontra destinado. Faltando-lhe os
recursos favoráveis ao ajustamento, torna-se uma peça mal colocada ou
inadaptada na complexidade da vida social, somando à sua a insegurança dos
outros membros, assim favorecendo as crises individuais e coletivas.
Por
desinformação ou fruto de um contexto imediatista consumista, elaborou-se a
tese de que a segurança pessoal é o resultado do ter, que se manifesta pelo
poder e recebe a resposta na forma de parecer. Todos os mecanismos responsáveis
pelo homem e sua sobrevivencia se estribam nessas propostas falsas, formando
uma sociedade de forma, sem pro-fundidade, de apresentação, sem estrutura
psicológica nem equilíbrio moral.
Trabalhando
somente no exterior, relega-se, a plano secundário ou a nenhum, o sentido ético
do ser humano, da sua realidade intrínseca, das suas possibilidades futuras,
jacentes nele mesmo.
O
homem deve ser educado para conviver consigo próprio, com a sua solidão, com os
seus momentâneos limites e ansiedades, administrando-os em proveito pessoal, de
modo a poder compartir emoções e reparti-las, distribuir conquistas, ceder
espaços, quando convidado à participação em outras vidas, ou pessoas outras
vierem envolver-se na sua área emocional.
Desacostumado
à convivência psíquica consciente com os seus problemas, mascara-se com as
fantasias da aparência e da posse, fracassando nos momentos em que se deve
enfrentar, refletido em outrem que o observa com os mesmos conflitos e
inseguranças. As uniões fraternais então se desar-ticulam, as afetivas se
convertem em guerras surdas, o matrimônio naufraga, o relacionamento social
sucumbe disfarçado nos encontros da balbúrdia, da extravagância, dos exageros
alcoólicos, tóxicos, orgíacos, em mecanismos de fuga da realidade de cada um.
A educação, a psicoterapia, a metodologia da
convivência humana devem estruturar-se em uma consciência de ser, antes de ter;
de ser, ao invés de poder, de ser, embora sem a preocupação de parecer.
sexta-feira, 13 de junho de 2014
quinta-feira, 12 de junho de 2014
domingo, 8 de junho de 2014
JOANNA DE ÂNGELIS - Razões de ser do estresse
Numa sociedade competitiva e angustiada como
a atual, o fenômeno do estresse generaliza-se em razão do
volume de compromissos, da escassez de tempo para os atender, da busca
desesperada por melhores salários e comodidades, de divertimentos e de
prazeres, dando lugar à ansiedade, produzindo culpa e desarmonizando a
estrutura emocional. [...]
Não
apenas as ocorrências aflitivas encarregam-se de inquietar, mas também a
ansiedade em torno daquilo que se almeja, pelo que se afadiga, pelas conquistas
realizadas que culminam no êxito, por exemplo, no matrimônio, na conclusão de
um curso, na aquisição de uma carreira, na glória de um empreendimento...
Assim
sendo, as atividades psicológicas positivas e desejadas, quando conseguidas,
podem também transformar-se em fatores geradores de estresse, portanto, porta
aberta a situações cansativas e desmotivadoras.
A
mãe que se afeiçoa ao filho e, na viuvez ou não, se lhe dedica com ferrado
sentimento de amor-posse, que se completa emocionalmente através das
realizações que ele lobriga, quando vê crescido, avançando para a
independência, para a ruptura do cordão umbilical, passa a estressar-se, a
mergulhar no poço da existência sem sentido, porque todas as suas aspirações
foram direcionadas para aquele mecanismo de auto-realização, de egotismo
exacerbado. [...]
O
funcionário que se entrega a empresa e, lentamente passa a vive-la com
intensidade, acreditando-se indispensável, e vê-se, de um para outro momento
descartado, substituído por outrem mais bem preparado com novos recursos para
aplicação, é tomado pelo estresse da amargura e tomba no fosso do desespero. [...]
O
ego, no entanto, estabelece os seus parâmetros e assoberba-se de ilusões e de
posses mentirosas que a realidade se incumbe de desfazer, porque sem estruturas
legítimas, fundamentadas em quimeras, em perturbações e sonhos infantis não
superados pela idade adulta.
O
aprofundamento da identificação da autoconsciência faculta a valorização do
Si-próprio (Self), ampliando a esfera de aspirações e de metas que devem ser
realizadas.
As
experiências sociais e humanas, os desafios e dificuldades, as lutas e
desacertos não deveriam constituir força estressante, porque têm por objetivo
amadurecer a capacidade emocional, fortalecendo-a para embates mais vigorosos
que devem ser travados até o momento da completude.
Cada
experiência existencial converte-se em valor emocional que se soma aos
anteriores, propiciando crescimento pessoal e realização interior.
Ninguém alcança patamares de equilíbrio sem passar
pelos testes de lutas edificantes.
sexta-feira, 6 de junho de 2014
O LIVRO DOS ESPÍRITOS - ALLAN KARDEC
1. Que é Deus?
“Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.”
659. Qual o caráter geral da prece?
“A prece é um ato de adoração. Orar a Deus é pensar nele; é aproximar-se dele; é pôr-se em comunicação com ele. A três coisas podemos propor-nos por meio da prece: louvar, pedir, agradecer.”
quarta-feira, 28 de maio de 2014
A contínua luta entre o ego e o Self - Joanna de Ângelis / Divaldo Pereira Franco
Dominador,
o ego mascara-se no personalismo, em que se refugiam as heranças grosseiras,
que levam o indivíduo à prepotência, à dominação dos outros, em face da
dificuldade de fazê-lo em relação a si mesmo, isto é, libertar-se da situação
deplorável em que se encontra.[...]
Sendo o Self o arquétipo básico
da vida consciente, o princípio inteligente, ele é o somatório de todas as
experiências evolutivas, sempre avançando na direção do estado numinoso.
Nessa dissociação dos polos, muitas vezes
pode parecer que o indivíduo, a grande esforço, conseguiu a interação, até o
momento em que se surpreende com o terror da cisão inesperada que o leva a um
transtorno profundo, especialmente se viveu em razão de um ideal que asfixiou o
conflito, mas não o solucionou, despertando com sensação de inutilidade, de
vazio existencial.
Sucede que o ego exige destaque,
compensação, aplauso, embora nos conflitos entre razão e instinto,
originando-se nele um tipo de sede
de água do mar,
que não é saciada por motivo óbvio.[...]
Conscientizar a sombra, diluindo-a, mediante a sua assimilação, ao
invés de ignorá-la, constitui passo avançado para a perfeita identificação
entre ego e Self.[...]
Essas expressões (ego e Self) apresentam-se na
conduta humana quando em público, aparenta-se uma forma de ser e, quando, no
lar, na família ou a sós, outra bem diferente. O que representa gentileza
transforma-se em mal-estar, azedume e aspereza.
Aceitar-se com naturalidade esses opostos
é recurso salutar, terapêutico, para melhor contribuir-se em favor da harmonia
entre os outros litigantes, que são o ego e Self.
No comportamento social não é necessário
mascarar-se de qualidades que não se possuem, embora não se deva expor as
aflições internas, os tormentos do polo negativo.
Assumir-se
a realidade do que se é, administrando, pela educação – fonte geradora dos
valores edificantes e enobrecedores – os impulsos do desejo e do prazer,
transformando-os em emoções de bem-estar e alegria, saindo da área das
sensações dominantes, constitui maneira eficiente para diminuir a luta
existente entre os dois arquétipos básicos da vida humana.quarta-feira, 21 de maio de 2014
terça-feira, 20 de maio de 2014
SIR WILLIAN CROOKES E AS MATERIALIZAÇÕES DE ESPÍRITOS
William Crookes nasceu em Londres, Inglaterra, no dia 17 de junho de 1832. Foi o maior químico da Inglaterra, segundo afirmativa de "Sir" Arthur Conan Doyle, o que ficou constatado pela trajetória gloriosa que esse ilustre homem de ciência desenvolveu no campo científico. Mencionado como sendo um dos mais persistentes e corajosos pesquisadores dos fenômenos supranormais, desenvolveu importante trabalho na área da fenomenologia espírita.
segunda-feira, 12 de maio de 2014
REVISTA ESPÍRITA - FEVEREIRO DE 1862
Resposta
ao requerimento dos Espíritas de Lyon por ocasião do ano novo
Meus
caros irmãos e amigos de Lyon,
O
requerimento coletivo que consentis em me enviar, por ocasião do ano novo,
causou-me bem viva satisfação, provando-me que conservais uma boa lembrança de
mim; mas o que me deu mais prazer nesse ato espontâneo de vossa parte, foi
encontrar, entre as numerosas assinaturas que ali figuram, representantes de
quase todos os grupos, porque é um sinal da harmonia que reina entre eles.
Estou feliz em ver que compreendestes perfeitamente o objetivo desta
organização da qual já podeis apreciar os resultados, porque deve estar
evidente agora, para vós, que uma Sociedade única teria sido quase impossível.
Eu vos
agradeço, meus bons amigos, pelos votos que formulais por mim; eles me são
tanto mais agradáveis quanto sei que partem do coração, e são aqueles que Deus
escuta. Ficai, pois, satisfeitos, porque eles os atende cada dia, dando-me a
alegria inaudita no estabelecimento de uma nova doutrina, de ver aquela a que
me devotei crescer e prosperar, enquanto vivo, com uma maravilhosa rapidez.
Considero como um grande favor do céu ser testemunha do bem que ela já fez.
Esta certeza, da qual recebo diariamente os mais tocantes testemunhos, me paga
com usura todas as minhas dificuldades e todas as minhas fadigas; não peço a
Deus senão uma graça, que é a de me dar a força física necessária para ir até o
fim de minha tarefa, que está longe de ser terminada; mas, o que quer que
ocorra, terei sempre o consolo de estar seguro de que a semente das idéias
novas, agora difundida por toda a parte, é imperecível; mais feliz do que
muitos outros, que não trabalharam senão para o futuro, foi-me dado ver-lhe os
primeiros frutos.
Se uma
coisa lamento, é que a exigüidade de meus recursos pessoais não me permita pôr
em execução os planos que concebi para o seu adiantamento ainda mais rápido;
mas se Deus, em sua sabedoria, acreditou dever isso decidir de outro modo,
legarei esses planos aos meus sucessores que, sem dúvida, serão mais felizes.
Apesar da penúria dos recursos materiais, o movimento que se opera na opinião
superou toda esperança; crede bem, meus irmãos, que nisso vosso exemplo não
terá sido sem influência. Recebei, pois, nossas felicitações pela maneira pela
qual sabeis compreender e praticar a Doutrina. Sei o quanto são grandes as
provas que muitos, dentre vós, tereis que suportar; só Deus lhes conhece o fim
neste mundo; mas também que força a fé no futuro dá contra a adversidade! Oh!
Lamentai aqueles que crêem no nada depois da morte, porque para eles o mal
presente não tem compensação. O incrédulo infeliz é como o doente que não
espera nenhuma cura; o Espírita, ao contrário, é como aquele que está doente
hoje e que sabe que amanhã estará bem.
Pedis
a mim para vos continuar com meus conselhos; eu os dou de boa vontade
àqueles que crêem deles ter necessidade e que os reclamam; mas não os
dou senão àqueles; aos que pensam deles saber bastante e poder abster-se das
lições da experiência, nada tenho a dizer, senão que desejo que não tenham a se
lamentar um dia por terem muito presumido de suas próprias forças. Essa
pretensão, aliás, acusa um sentimento de orgulho, contrário ao verdadeiro
espírito do Espiritismo; ora, pecando pela base, provam só por isso que se
afastam da verdade. Não sois desse número, meus amigos, e é por isso que
aproveito a circunstância para vos dirigir algumas palavras que vos provarão
que, de longe como de perto, estou inteiramente ao vosso dispor.
No ponto
em que hoje as coisas estão, e ao ver a marcha do Espiritismo através dos
obstáculos semeados sobre o seu caminho, pode-se dizer que as principais
dificuldades estão vencidas; ele tomou seu lugar e está assentado sobre bases
que desafiam,doravante, os esforços de seus adversários. Pergunta-se como uma
doutrina que nos torna felizes e melhores, pode ter inimigos; isso é muito
natural: o estabelecimento das melhores coisas, no começo, fere sempre
interesses; não foi assim com todas as invenções e descobertas que fizeram
revolução na indústria? As que hoje são olhadas como benefícios, sem quais não
se poderia mais se passar, não tiveram inimigos obstinados? Toda lei que
reprime os abusos, não tem contra si aqueles que vivem dos abusos? Como
quereríeis que uma doutrina, que conduz ao reino da caridade efetiva, não seja
combatida por todos aqueles que vivem do egoísmo; e sabeis o quanto são estes
numerosos sobre a Terra! No princípio, esperaram matá-la pela zombaria; hoje
vêem que essa arma é impotente, e que sob o fogo constante dos sarcasmos
continuou seu caminho sem tropeçar; não credes que eles irão se confessar
vencidos; não, o interesse material é mais tenaz; reconhecendo que é uma força
com a qual, doravante, é preciso contar, vão lhe travar assaltos mais sérios,
mas que não servirão senão para melhor provar sua fraqueza. Uns atacarão
abertamente, em palavras e em ações, e a perseguirão até na pessoa de seus
adeptos, que tentarão desencorajar à força de tormentos, ao passo que outros,
ocultamente e por caminhos deturpados, procurarão miná-la surdamente. Tende,
pois, por advertidos de que a luta não terminou. Estou prevenido de que vão
tentar um supremo esforço; mas não tenhais medo; a garantia do sucesso está
nesta divisa, que é a de todos os verdadeiros Espíritas: Fora da caridade
não há salvação. Arvorai-a claramente, porque ela é a cabeça de Medusa para
os egoístas.
A
tática já usada pelos inimigos dos Espíritas, mas que vão empregar com um novo
ardor, é a de tentar dividi-los, criando sistemas divergentes e suscitando,
entre eles, a desconfiança e a inveja. Não vos deixeis prender na armadilha, e
tende por certo que quem procura, por um meio qualquer que seja, romper a boa
harmonia, não pode ter uma boa intenção. É por isso que vos convido a
colocardes a maior circunspecção na formação de vossos grupos, não somente para
vossa tranqüilidade, mas no próprio interesse de vossos trabalhos.
A
natureza dos trabalhos espíritas exige a calma e o recolhimento; ora, não há recolhimento
possível se se distrai por discussões e a expressão de sentimentos malévolos.
Não
haverá sentimentos malévolos, se houver fraternidade; mas não pode aí haver fraternidade
com egoístas, ambiciosos e orgulhosos. Com orgulhosos que se melindram e se ofendem
com tudo, ambiciosos que estarão frustrados se não tiverem a supremacia, egoístas
que não pensam senão neles, a discórdia não pode tardar a se introduzir e, daí,
a dissolução. É o que querem nossos inimigos, e é o que procurarão fazer. Se um
grupo quer estar em condições de ordem, de tranqüilidade e de estabilidade, é
preciso que nele reine um sentimento fraternal. Todo grupo ou sociedade que se
forma sem ter a caridade efetiva por base, não tem vitalidade; ao passo
que aqueles que serão fundados segundo o verdadeiro espírito da Doutrina, se
olharão como os membros de uma mesma família, que, não podendo todos habitar
sob o mesmo teto, moram em lugares diferentes. A rivalidade entre eles seria um
contra-senso; ela não poderia existir ali onde reina a verdadeira caridade,
porque a caridade não pode se entender de duas maneiras. Reconhecereis, pois, o
verdadeiro Espírita pela prática da caridade em pensamentos, em palavras e em
ações, e dizei-vos que, quem nutre em sua alma sentimentos de animosidade, de
rancor, de ódio, de inveja ou de ciúme mente a si mesmo se pretende compreender
e praticar o Espiritismo.
O
egoísmo e o orgulho matam as sociedades particulares, como matam os povos e a
sociedade em geral. Lede
a história, e vereis que os povos sucumbem sob o amplexo desses dois mortais
inimigos da felicidade dos homens. Quando se apoiarem sobre as bases da
caridade, serão indissolúveis, porque estarão em paz entre eles e com eles
próprios, cada um respeitando os direitos e os bens de seu vizinho. É a era
nova predita, da qual o Espiritismo é o precursor, e pela qual todo Espírita
deve trabalhar, cada um em sua esfera de atividade. É uma tarefa que lhes
incumbe, e da qual serão recompensados segundo a maneira que a terão cumprido,
porque Deus saberá distinguir aqueles que não terão procurado no Espiritismo
senão a sua satisfação pessoal, daqueles que terão, ao mesmo tempo, trabalhado
pela felicidade de seus irmãos.
Devo
ainda vos assinalar uma outra tática de nossos adversários, que é a de procurar
comprometer os Espíritas, impelindo-os a se afastarem do verdadeiro objetivo da
Doutrina, que é o da moral, para abordarem questões que não são de sua alçada,
e que poderiam, a justo título, despertar suscetibilidades sombrias. Não vos
deixeis, não mais, vos prender nesta armadilha; afastai com cuidado, em vossas
reuniões, tudo o que tem relação com a política e com questões irritantes; as
discussões, sob esse assunto, não levariam a nada senão a vos suscitar
embaraços, ao passo que ninguém pode achar de censurar a moral quando ela é boa.
Procurai, no Espiritismo, o que pode vos melhorar, está aí o essencial; quando
os homens forem melhores, as reformas sociais, verdadeiramente úteis, lhe serão
a conseqüência muito natural; trabalhando para o progresso moral, possuireis os
verdadeiros e os mais sólidos fundamentos de todos os melhoramentos, e deixais
a Deus o cuidado de fazer as coisas chegarem a seu tempo. Oponde, pois, no
próprio interesse do Espiritismo que é ainda jovem, mas que amadurece depressa,
uma inabalável firmeza àqueles que procurarem vos arrastar num caminho
perigoso. (...)
Eis,
meus amigos, os conselhos que vos dou e aos quais junto meus votos para o ano
que começa. Não sei quais provas Deus nos destina para este ano, mas sei que,
quaisquer que sejam, vós a suportareis com firmeza e resignação, porque sabeis
que, para vós como para o soldado, a recompensa é proporcional à coragem.
Quanto
ao Espiritismo, pelo qual vos interessais mais do que por vós mesmos, e do
qual, pela minha posição, posso julgar, melhor do que ninguém, os progressos,
estou feliz em vos dizer que o ano se abre sob os auspícios mais favoráveis, e
que verá, sem nenhuma dúvida, o número dos adeptos crescer numa proporção
impossível de se prever; ainda alguns anos como os que vêm de se escoar, e o
Espiritismo terá por ele os três quartos da população. Deixai-me vos citar um
fato entre mil.
Num
departamento vizinho de Paris, há uma pequena cidade onde o Espiritismo
penetrou há seis meses apenas. Em algumas semanas, tomou um desenvolvimento
considerável; uma oposição formidável foi logo organizada contra os seus
partidários, ameaçando mesmo seus
interesses privados; tudo enfrentaram com uma coragem, um desinteresse dignos
dos maiores elogios; entregaram-nos à Providência, e a Providência não lhes
faltou. Essa cidade conta com uma população operária numerosa, entre a qual as
idéias espíritas, graças à oposição que se lhe fez, fazem luz rapidamente; ora,
um fato digno de nota, é que as mulheres, as jovens esperaram seus presentes
para se proporcionarem as obras necessárias à sua instrução, e foi por centenas
que uma livraria foi encarregada de expedilas só nessa cidade. Não é prodigioso
ver simples operários reservarem suas economias para comprar livros de moral e
de filosofia, antes que romances e bagatelas? Homens preferirem essa leitura às
alegrias barulhentas e embrutecidas do cabaré? Ah! é que esses homens e essas
mulheres, que sofrem como vós, compreendem agora que não é neste mundo que a
sua sorte se cumpre; a cortina se levanta e eles entrevêem os esplêndidos horizontes
do futuro. Essa pequena cidade é Chauny, no departamento do Aisne. Novas crianças
na grande família, vos saúdam, irmãos de Lyon, como mais velhos, e formam doravante
um dos anéis da corrente espiritual que já une Paris, Lyon, Metz, Sens,
Bordeaux outras, e que logo ligará todas as cidades do mundo num sentimento de
mútua confraternização; porque por toda a parte o Espiritismo lançou sementes
fecundas, e seus filhos já se estendem as mãos acima das barreiras dos
preconceitos de seitas, de castas e de nacionalidades.
Vosso
muito devotado irmão e amigo,
ALLAN KARDEC.
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